quinta-feira, 4 de julho de 2019


ANIMAIS PEÇONHENTOS -  ARACNÍDEOS

Escorpião:



escorpião é um dos animais terrestres invertebrados mais antigos da Terra, entre os animais vivos. Seu exoesqueleto permitiu explorar o ambiente terrestre. Os escorpiões são invertebrados artrópodes, da classe dos aracnídeos e da ordem Scorpiones.
Acidente escorpiônico ou escorpionismo é o envenenamento provocado quando um escorpião injeta veneno através de ferrão (télson). Os escorpiões são representantes da classe dos aracnídeos, predominantes nas zonas tropicais e subtropicais do mundo, com maior incidência nos meses em que ocorre aumento de temperatura e umidade.
No Brasil, os escorpiões de importância em saúde pública são as seguintes espécies do gênero Tityus:
·         Escorpião-amarelo (T. serrulatus) - com ampla distribuição em todas as macrorregiões do país, representa a espécie de maior preocupação em função do maior potencial de gravidade do envenenamento e pela expansão em sua distribuição geográfica no país, facilitada por sua reprodução partenogenética e fácil adaptação ao meio urbano; 
·         Escorpião-marrom (T. bahiensis) -  encontrado na Bahia e regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil;
 ·         Escorpião-amarelo-do-nordeste (T. stigmurus) - espécie mais comum do Nordeste, apresentando alguns registros nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina;
·         Escorpião-preto-da-amazônia (T. obscurus) - encontrado na região Norte e Mato Grosso.

    Atualmente, há 19 famílias de escorpiões distribuídas em todo o mundo. Os gêneros que causam os mais graves acidentes são: Androctonus e Leiurus (África setentrional), Centruroides (México e Estados Unidos) e Tityus (América do Sul e Ilha de Trinidad).
    Os grupos mais vulneráveis são as trabalhadores da construção civil, crianças e pessoas que permanecem maiores períodos dentro de casa ou nos arredores, como quintais (intra ou peridomicílio). Ainda nas áreas urbanas, estão sujeitos os trabalhadores de madeireiras, transportadoras e distribuidoras de hortifrutigranjeiros, por manusear objetos e alimentos onde os escorpiões podem estar alojados.

Sintomas

    A grande maioria dos acidentes é leve e o quadro local tem início rápido e duração limitada. Os adultos apresentam dor imediata, vermelhidão e inchaço leve por acúmulo de líquido, piloereção (pelos em pé) e sudorese (suor) localizadas, cujo tratamento é sintomático. Movimentos súbitos, involuntários de um músculo ou grupamentos musculares (mioclonias) e contração muscular pequena e local (fasciculações) são descritos em alguns acidentes por Escorpião-preto-da-Amazônia. 
Já crianças abaixo de 7 anos apresentam maior risco de alterações sistêmicas nas picadas por escorpião-amarelo, que podem levar a casos graves e requerem soroterapia específica em tempo adequado.
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COMO PREVINIR ACIDENTES:

·         Manter jardins e quintais limpos. Evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico e materiais de construção nas proximidades das casas;
·         Evitar folhagens densas (plantas ornamentais, trepadeiras, arbusto, bananeiras e outras) junto a paredes e muros das casas. Manter a grama aparada;
·         Limpar periodicamente os terrenos baldios vizinhos, pelo menos, numa faixa de um a dois metros junto às casas;
·         Sacudir roupas e sapatos antes de usá-los, pois as aranhas e escorpiões podem se esconder neles e picam ao serem comprimidos contra o corpo;
·         Não pôr as mãos em buracos, sob pedras e troncos podres. É comum a presença de escorpiões sob dormentes da linha férrea;
·         Usar calçados e luvas de raspas de couro;
·         Como muitos destes animais apresentam hábitos noturnos, a entrada nas casas pode ser evitada vedando-se as soleiras das portas e janelas quando começar a escurecer;
·         Usar telas em ralos do chão, pias ou tanques;
·         Combater a proliferação de insetos, para evitar o aparecimento dos escorpiões que deles se alimentam;
·         Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos e vãos entre o forro e paredes, consertar rodapés despregados, colocar saquinhos de areia nas portas, colocar telas nas janelas;
·         Afastar as camas e berços das paredes;
·         Evitar que roupas de cama e mosquiteiros encostem no chão. Não pendurar roupas nas paredes; examinar roupas, principalmente camisas, blusas e calças antes de vestir; 
·         Acondicionar lixo domiciliar em sacos plásticos ou outros recipientes que possam ser mantidos fechados, para evitar baratas, moscas ou outros insetos de que se alimentam os escorpiões;
·         Preservar os inimigos naturais de escorpiões e aranhas: aves de hábitos noturnos (coruja, joão-bobo), lagartos e sapos.

O que fazer em caso de acidente escorpiônico:


·         Limpar o local com água e sabão;

·         Aplicar compressa morna no local;

·         Procurar orientação imediata e mais próxima do local da ocorrência do acidente (UBS, posto de saúde, hospital de referência);

·         Atualizar-se regularmente junto à secretaria estadual de saúde para saber quais os pontos de tratamento com o soro específico em sua região; 

·         Se for possível, capturar o animal e levá-lo ao serviço de saúde.

O que NÃO fazer em caso de acidente escorpiônico:


·         Não amarrar ou fazer torniquete;

·         Não aplicar qualquer tipo de substância sobre o local da picada (fezes, álcool, querosene, fumo, ervas, urina), nem fazer curativos que fechem o local, pois isso pode favorecer a ocorrência de infecções;

·         Não cortar, perfurar ou queimar o local da picada;

·         Não dar bebidas alcoólicas ao acidentado, ou outros líquidos como álcool, gasolina ou querosene, pois não têm efeito contra o veneno e podem agravar o quadro.


Em caso de duvida contate o Serviço de Vigilância em Saúde (35) 3643 - 1144