ANIMAIS PEÇONHENTOS - ARACNÍDEOS
Escorpião:
O escorpião é
um dos animais terrestres invertebrados mais
antigos da Terra, entre os animais vivos.
Seu exoesqueleto permitiu explorar o ambiente terrestre. Os escorpiões são
invertebrados artrópodes, da classe
dos aracnídeos e da
ordem Scorpiones.
Acidente escorpiônico ou escorpionismo é o envenenamento
provocado quando um escorpião injeta veneno através de ferrão (télson). Os
escorpiões são representantes da classe dos aracnídeos, predominantes nas zonas
tropicais e subtropicais do mundo, com maior incidência nos meses em que ocorre
aumento de temperatura e umidade.
No Brasil, os escorpiões de importância em
saúde pública são as seguintes espécies do gênero Tityus:
·
Escorpião-amarelo (T. serrulatus) - com
ampla distribuição em todas as macrorregiões do país, representa a espécie de
maior preocupação em função do maior potencial de gravidade do envenenamento e
pela expansão em sua distribuição geográfica no país, facilitada por sua
reprodução partenogenética e fácil adaptação ao meio urbano;
·
Escorpião-marrom (T. bahiensis) - encontrado
na Bahia e regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil;
·
Escorpião-preto-da-amazônia (T. obscurus) - encontrado
na região Norte e Mato Grosso.
Atualmente,
há 19 famílias de escorpiões distribuídas em todo o mundo. Os gêneros que
causam os mais graves acidentes são: Androctonus e Leiurus (África setentrional), Centruroides (México
e Estados Unidos) e Tityus (América
do Sul e Ilha de Trinidad).
Os grupos mais vulneráveis são as trabalhadores da
construção civil, crianças e pessoas que permanecem maiores períodos dentro de
casa ou nos arredores, como quintais (intra ou peridomicílio). Ainda nas áreas
urbanas, estão sujeitos os trabalhadores de madeireiras, transportadoras e
distribuidoras de hortifrutigranjeiros, por manusear objetos e alimentos onde
os escorpiões podem estar alojados.
Sintomas
A grande maioria
dos acidentes é leve e o quadro local tem início rápido e duração limitada. Os
adultos apresentam dor imediata, vermelhidão e inchaço leve por acúmulo de
líquido, piloereção (pelos em pé) e sudorese (suor) localizadas, cujo
tratamento é sintomático. Movimentos súbitos, involuntários de um músculo ou
grupamentos musculares (mioclonias) e contração muscular pequena e local
(fasciculações) são descritos em alguns acidentes por
Escorpião-preto-da-Amazônia.
Já crianças abaixo de 7 anos apresentam maior risco de alterações sistêmicas nas picadas por escorpião-amarelo, que podem levar a casos graves e requerem soroterapia específica em tempo adequado..
Já crianças abaixo de 7 anos apresentam maior risco de alterações sistêmicas nas picadas por escorpião-amarelo, que podem levar a casos graves e requerem soroterapia específica em tempo adequado..
COMO PREVINIR ACIDENTES:
·
Manter jardins
e quintais limpos. Evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico e
materiais de construção nas proximidades das casas;
·
Evitar
folhagens densas (plantas ornamentais, trepadeiras, arbusto, bananeiras e
outras) junto a paredes e muros das casas. Manter a grama aparada;
·
Limpar
periodicamente os terrenos baldios vizinhos, pelo menos, numa faixa de um a
dois metros junto às casas;
·
Sacudir roupas
e sapatos antes de usá-los, pois as aranhas e escorpiões podem se esconder
neles e picam ao serem comprimidos contra o corpo;
·
Não pôr as mãos
em buracos, sob pedras e troncos podres. É comum a presença de escorpiões sob
dormentes da linha férrea;
·
Usar calçados e
luvas de raspas de couro;
·
Como muitos
destes animais apresentam hábitos noturnos, a entrada nas casas pode ser
evitada vedando-se as soleiras das portas e janelas quando começar a escurecer;
·
Usar telas em
ralos do chão, pias ou tanques;
·
Combater a
proliferação de insetos, para evitar o aparecimento dos escorpiões que deles se
alimentam;
·
Vedar frestas e
buracos em paredes, assoalhos e vãos entre o forro e paredes, consertar rodapés
despregados, colocar saquinhos de areia nas portas, colocar telas nas janelas;
·
Afastar as
camas e berços das paredes;
·
Evitar que
roupas de cama e mosquiteiros encostem no chão. Não pendurar roupas nas
paredes; examinar roupas, principalmente camisas, blusas e calças antes de
vestir;
·
Acondicionar
lixo domiciliar em sacos plásticos ou outros recipientes que possam ser
mantidos fechados, para evitar baratas, moscas ou outros insetos de que se
alimentam os escorpiões;
·
Preservar os
inimigos naturais de escorpiões e aranhas: aves de hábitos noturnos (coruja,
joão-bobo), lagartos e sapos.
O que fazer em caso de acidente escorpiônico:
·
Limpar o local
com água e sabão;
·
Aplicar
compressa morna no local;
·
Procurar
orientação imediata e mais próxima do local da ocorrência do acidente (UBS,
posto de saúde, hospital de referência);
·
Atualizar-se
regularmente junto à secretaria estadual de saúde para saber quais os pontos de
tratamento com o soro específico em sua região;
·
Se for
possível, capturar o animal e levá-lo ao serviço de saúde.
O que NÃO fazer em caso de acidente
escorpiônico:
·
Não amarrar ou
fazer torniquete;
·
Não aplicar
qualquer tipo de substância sobre o local da picada (fezes, álcool, querosene,
fumo, ervas, urina), nem fazer curativos que fechem o local, pois isso pode
favorecer a ocorrência de infecções;
·
Não cortar,
perfurar ou queimar o local da picada;
·
Não dar bebidas
alcoólicas ao acidentado, ou outros líquidos como álcool, gasolina ou
querosene, pois não têm efeito contra o veneno e podem agravar o quadro.